18º Dia - Buenos Aires a Boulogne a Carlos Casares

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Olá a todos.

Estou em Carlos Casares, cheguei a pouco. A novidade é que temos internet. Aleluia, Senhor.

Mais tarde vou detalhar esse dia.

Por enquanto quero falar sobre o céu que vi: estava nublado desde Boulogne, onde mora o Gabriel e precisamente as 20 h as nuvens sumiram e as estrelas apareceram. Um espetáculo, andando a 130 km/h, protegido do vento e do frio, eu vi uma onda de nuvens finas passarem sob as estrelas, como uma aurora boreal sem cores vivas.

Que pena que chegamos rapido aqui, poderia andar mais quatro horas.

Vamos sair para jantar e mais tarde devo complementar este blog.

Abraços a todos,

Marcio




Monumento A Los Españoles‎, Av. Sarmiento com Av. Del Libertador

Entrada do Hipódromo

Campo Hípico Militar

Onibus urbano, sao muito coloridos e só consegui fotografar esse.

Gabriel

Gimena, esposa de Gabriel, em frente a sua casa

17º Dia - Último tango em Buenos Aires (no había)

Olá a todos,


Último dia de passeio em Buenos Aires e eu estava decidido a visitar a Recoleta e o Caminito. Para isso deveria pegar o Citytour, um ônibus de dois andares que faz um trajeto por vários pontos turísticos de Buenos Aires.


Entretanto, depois de caminhar 14 longas quadras, ao chegar no ponto estabelecido, que decepção: uma fila longuíssima para pegar o ônibus e outra que não se moveu durante os 15 minutos que permaneci nela, um centímetro. Desisti e fui até a Galeria Pacífico, já que estava na Calle (rua) Florida, visitar esse famoso centro de compras e cultura.


Até chegar na galeria, foram mais ou menos 1:30 de entra e sai de lojas para ver lembrancinhas (regalos), preços e variedades. Puxa, isso é demais para os meus olhos e pernas, tem muita coisa para se ver e descobrir. Não há a mínima possibilidade de se ver tudo em algumas horas.


Entrei na Galeria, tirei fotos, visitei as exposições presentes (só as que eu entrei: 6) e saí.


Desisti de comprar coisas e pensei em pegar um ônibus e ir para a Recoleta. Já tinha um guia de bolso com todas as linhas, tudo bem informado. Mas quem disse que consegui achar o ponto certo?


Desisti novamente e fui almoçar, dessa vez acertei. Comi um espaguete com bolonhesa. Muito estranho, ele fica exposto em um balcão refrigerado, você aponta, retiram para levar ao forno e você come! Simples assim. Preço: 15 pesos.

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Sendo assim: não venha à Buenos Aires com poucos dias, recomendo no mínimo 4 dias.


Primeiro faça o citytour, caso o hotel não o ofereça e depois, vá para o abraço. Ande de ônibus, de metrô, caminhe pelas ruas. Descubra a sua Buenos Aires.


É super tranqüilo, basta ter atenção. E não se preocupe com o espanhol, ouça com atenção, peça para falar devagar, compre um guia básico e leve de conversação e você se torna um argentino desde niño. Converse com as pessoas, sorria, agradeça sempre.
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Então voltei à Calle Florida e comprei as lembrancinhas, já atrasado para o compromisso com Gabriel de buscar a minha moto. Voltei ao hotel com os pés doendo de tanto andar, descansei alguns minutos, enquanto ele não chegava.


Ele me levou até a oficina do Mariano (www.motocare.com.ar) que eu recomendo desde já para qualquer um que venha ou passe por Buenos Aires. É o lugar certo para cuidar da moto. Fiz uma mini revisão e contei-lhes do problema que estava vivenciando com a moto. Parecer deles: a moto não tem nada está perfeita. Trocaram óleo, verificaram todos os itens de segurança, rolamentos e lavaram-na. Ficou simplesmente perfeito. Andei a 100 km/h e não vi nenhum problema.


Aproveitei e comprei um capacete novo (sonho pessoal realizado) Zeus GJ-3000, lindo, na cor matte black, com óculos escuro interno e bavete, serviu como uma luva e me custou 780 pesos (R$ 335). Já saí usando o novo capacete, estava apenas com um blusa de malha numa temperatura de 16º e andando perfeitamente à 60 km/h, nenhum vento penetrou.


Acompanhei o Gabriel até a sua residência, antes passando para pegar uma documentação para sua nova moto. Em um determinado momento um carro simplesmente perdeu a direção, virou à esquerda e colidiu com uma árvore. Gabriel, que estava logo atrás dele, parou a pickup ligando luzes de alerta e correu para socorrer o motorista. Ajudando-o a sair, prestou todo o auxílio que pode, ligando para a seguradora (não conseguindo). Aliás, todos os que estavam presentes no momento do acidente pararam para prestar socorro.

O homem disse que perdeu os sentidos ao tossir, não tendo nenhum arranhão graças ao duplo air bag do seu Renault Mégane. Decidiu deixar o carro ali mesmo e ajudei-os a afastar o carro mais para o passeio. Gabriel deu uma carona a ele, levando-o à casa de sua filha. Paramos em um posto de gasolina pois a minha moto estava quase sem nafta. Dessa vez, foram 15,02 l, um recorde, média de 20km/l.


Como era tarde, o Gabriel pensou que não conseguiria pegar a documentação, mas assim mesmo foi, e voltou pulando de alegria, pois conseguiu os papéis de sua nova BMW F800, hoje ele tem uma BMW F650 (que na verdade tem um motor 800, com potência reduzida).


Enfim, chegamos à sua casa, que fica na cidade de San Isidro. Como em BH e Contagem, são cidades anexas uma à outra, apenas se diferencia por ter mais bairros residenciais, parecidos com lares americanos. Aliás, eu notei que passando por uns bairros de Buenos Aires eu pensava a todo instante que estava em Paris, sem nunca ter ido lá. Não me pergunte o  porquê.

Fui recepcionado por sua esposa, Jimena. Ajudei-o a descer a nova escada e o novo fogão da casa. Conheci seu caçula Joaquim e fiquei sabendo que ele gostava de motos também. Antes de sair conheci sua filha Renata. Me emprestando uma jaqueta corta vento, saímos para sua academia de ginástica onde eu conheci seus amigos, Vidal e Carlos (seu instrutor de ginástica).

Depois disso fomos a uma churrascaria, Siga La Vaca, em San Isidro mesmo, passando por uns 3 km ao lado de um hipódromo. Ficamos até as 01:00 e ainda conversamos mais alguns minutos. Explicaram-me como chegar ao hotel. E, é claro, entrei em uma rua errada. Mas encontrei um policial numa curva (no meio do nada, numa via expressa!) que me indicou a direção correta, me alertando para ter cuidado. Como eu sou de Buenos Aires desde pequeninho, cheguei rapidamente no hotel. Consegui estacionar a moto no estacionamento em frente (o hotel não tem garagem), $ 27,00 pesos.

Tenho que sair hoje até as 11 h. Estou muito inclinado a aceitar o convite para ir para o campo em vez de seguir a Ruta 3 rumo ao sul. Ele vai para a cidade de Carlos Casares, pela Ruta 5, pintar o telhado da casa de campo da família de seu amigo Vidal, com o qual jantamos juntos.

Até o presente momento não tenho uma decisão. É provável que não tenha internet aonde vou. Sendo assim, talvez fique incomunicável durante o feriado.

Para deixar todos tranqüilos:
Gabriel A. Viviani
Google Maps, caminho percorrido, clique aqui

Pessoa de extrema confiança, leal, pai de família, trabalhador da área de refrigeração e ar condicionado.

Mi hermano argentino.


Abraço a todos,


Marcio.
Umas das entradas da Galeria Pacifico




















Fotos de Sebastião Salgado

Negra Li, limpa e preparada para a noite de Buenos Aires