Olá a todos!
Estou na Argentina.
Me hospedei na Pousada Cuatro Bocas, Monte Caseros. Aqui tem wireless sem senha, já usei o Skype para falar com minha mãe, dizendo que está tudo bem.
Por ter saído tarde, andei apenas 107 km. Choveu todo o tempo, faz frio. Cheguei por volta de 19 h.
Enfim, fiquei com medo ao sair; ao fazer a aduana; ao iniciar a viagem; ao cruzar os caminhões no sentido contrário; do vento lateral; ao chegar.
Medo de não saber lidar com o dinheiro (estou com aproximadamente $ 8000 pesos, mais US$ 500) com outra lingua, costumes e até mesmo índoles. A falta do meu companheiro de viagens.
Me preocupa a polícia corrupta. As estórias que ouvi são sempre negativas. Ana Paula, tenho certeza que sua oração funciona. Nada irá me acontecer.
Tento não pensar nas coisas negativas, mas os pensamentos vão e vêm sem controle. Sorry, Maria Luiza, estou tentando ver o quadro do que espero encontrar, quem sabe amanhã?
Sim, tive muito medo: de errar, de cair, de ser enganado, de não conseguir me comunicar; mas estou superando.
Parei em um posto de gasolina e fui abordado por um senhor, Ernesto Moreno, que elogiou a minha moto, perguntou quanto custava, etc. Aparentemente era um eletricista ou algo parecido. Tomei um café, conversei em portunhol, pedi informações, deixei um garoto tirar uma foto em cima da minha moto.
Como fiz e farei sempre, agradeci e sorri a todos. Tem tudo para funcionar.
Por enquanto estou conseguindo me virar. Deus olha por mim. Colocou um carreteiro brasileiro em meu caminho que me orientou a chegar até esta pousada. Tem uns bichos correndo no telhado da pousada, rsrsrs. Parecem ratos.
Cheguei bem, apesar da chuva e da tensão em pilotar sem cair. Passei uma hora desmontando e secando tudo que molhou. Um casal que conheci na aduana, Pierre e Valéria estão hospedados na mesma pousada, estão em uma BMW e tiveram um pneu furado duas vezes pelo mesmo prego, vieram conversar comigo.
Vou prosseguindo nesta viagem que agora virou aventura.
Vou viajar muito, mas com a determinação de voltar se nao sentir segurança para continuar.
Obrigado pelo carinho.
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Email respondido ao Sr. Márcio Urias:
"Oi Xará, obrigado pelo apoio.
Quero que saiba que você (sem ser desrespeitoso, já que é um jovem como eu) tem uma parcela de culpa por eu estar aqui, pois o primeiro blog que li desde que decidi fazer essa viagem foi o seu.
Na verdade, originalmente eu iria fazer uma viagem como a sua. Quando o Daniel decidiu me acompanhar, foi idéia dele fazer esses passeios.
Espero que compreenda que o medo que eu senti foi devido ao fato que contar com o apoio de um companheiro que nos faz prosseguir por confiarmos um no outro. Foi como se tirassem uma perna, fiquei desequilibrado.
Hoje foi bravo, chorei ao conversar com minha mãe, confesso. Não era um medo que paralisa, mas o medo angustiante, de não ter certeza que era o que deveria ser feito.
Embora eu paute por viajar em segurança, o fato de minha moto não estar 100%, de estar sozinho em outro país, de temer não entender (não de falar) o que me falam, criou esse temor. Medo de cair logo de cara, da estrada mal conservada, da chuva, da noite se aproximando, de ser assaltado, de ter o dinheiro trocado por outro falso, da polícia corrupta.
2 comentários:
Amigão
Fé em Deus e pé na tábua, de leve... deixa o medo de lado, porque quem tem Deus, não tem medo, tem apenas cuidado, e aproveita o passeio, tira bastante fotos e depois, escreva um livro, ok?
Tudo de bom... Vou pedir à minha mãe, para orar por você, ela é assim com os caras lá do comando, entendeu?
Genario
Valdete
beozonte
VAI EM FRENTE ESTAMOS REZANDO MUITO PARA DAR TUDO CERTO.
BJOS
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