13º Dia - Monte Caseros a Gualeguaychú

sábado, 16 de abril de 2011

Olá a todos!

Este post está sendo escrito sob o efeito de vinho tinto argentino. Perdoem-me os erros.

Então, depois da odisséia de atravessar a fronteira acordei por volta das 08 h e fui tomar o desayuno (desjejum, café da manhã) meio magro, café e dois pães de queijo. Mas fazer o quê, encarar né?

Na mesa sentou-se o casal Pierre e Valéria (austríaco e paulista) que eu encontrei na aduana argentina, mas não acompanhei. 

Conversamos um pouco e ao sair o Pierre me disse que não gostava de andar em comboio. Disse-lhe que não se preocupasse e seguisse seu caminho. De fato, havíamos nos encontrado no dia anterior, na aduana argentina, e senti o Pierre arrogante - foi nesse momento que ele me disse não querer companhia.

Eles tiveram que ficar na mesma pousada por que o pneu da moto furou...

Enfim, fiquei de 9 até as 11 arrumando as malas. Enfim, quando terminei, avistei do outro lado do quarto da pousada, uma outra XT 660R, claro que era um brasileiro, já que a Yamaha não vende ela na Argentina.

Parei no posto de gasolina e abordei o Eduardo, gaúcho de Taquara, residente em Curitiba, estava em viagem para o Chile andar pela cordilheira dos Andes, parecia tão assustado quanto eu. Conversamos e convidei-o a andar junto comigo pelo menos até o ponto onde ele quisesse, já que ele não tinha certeza de seguir em frente.

Saímos por volta de 12h e seguimos até a entrada para a Ruta 18 em direção à cidade de Paraná. Nos despedimos e desejamos boa sorte e boa viagem mutuamente. Durou 4 h nossa parceria de viagem, porém, foi muito bom para minha moral ter a segurança de um companheiro. A confiança aumentou e lembrei-me da mensagem do Sr. Marcio Urias ("Digo com certeza vc está cada vez mais forte. E forte, firme, alegre, vendo o dia cada vez mais lindo, sentindo a maravilha de sua mãe, NÃO TEM COMO DAR ERRADO."). Eduardo, lhe agradeço de coração e desejo-lhe uma boa viagem, que tudo corra bem pra ti.

Segui até a cidade de Gualeguaychú, por indicação do policial que me parou na estrada. Pois é, pela primeira vez eu enfrentei "la policia". Neste caso, a abordagem foi muito gentil e, apesar de usar óculos escuros, tenho certeza que me olhou nos olhos. Solicitou os documentos, disse-me o que era necessário para apresentar e o que devia fazer ao transitar. Perguntei-lhe sobre o frio e respondeu que ele tinha alergia à mudança do tempo. De fato, a pele em volta da boca estava muito ferida. Depois da indicação do hotel, desejou-me boa viagem. E eu, segui feliz por tudo ter dado certo. Cida, obrigado pela dica.

A noite chegou e eu estava em Gualeguaychú procurando hotel quando a luz de reserva acendeu. Rodei um pouco e fiquei no primeiro que havia visto: Nuevo Hotel Avenida - quarto meia boca, mas aceitável - por 80 pesos e desayano.

Andei pela cidade durante um hora à pé para procurar um restaurante comum, como esses em que comemos PF, mas que nada. Acabei jantando no restaurante que tem na esquina do hotel. Vinho tinto e bife de chorizo, $ 52 pesos. Um enorme bife que quase não consegui devorar. A meia garrafa foi quase toda. Estou de pilequinho e, me desculpem, não vou tomar banho nem f*******. SÓ AMANHÃ DE MANHÃ.

Ainda tenho 240 km até Buenos Aires. E a Ruta 14 tem surpreendido negativamente até o momento.

Queria escrever mais, mas não consigo. FUI!

Um abraço a todos.

Obrigado pelo carinho.

Marcio